Na reta final das definições das chapas majoritárias, dois nomes surgem com grande especulação para as vagas de vice de Armando Monteiro e de Paulo Câmara.
A
escolha do vice é fundamental porque no caso de reeleição de Paulo, ele terá
grandes chances de assumir o mandato em 2022, caso o governador decida ser
candidato a algum cargo. No caso de Armando Monteiro, por estar na oposição,
ele precisará muito de um vice que não lhe atrapalhe e de preferência que possa
agregar eleitoralmente.
Em
relação a Armando Monteiro, apesar da sua negativa pública sobre definições da
chapa majoritária, o nome de Fred Ferreira vem sendo muito lembrado para o
posto. É um candidato com densidade metropolitana, representa parte de um
segmento que está em clara ascensão, é jovem e daria a Armando a garantia do
empenho irrestrito de Anderson Ferreira na sua eleição, uma vez que os
Ferreiras estariam contemplados na majoritária. A escolha de Fred não atrapalha
Armando e ainda agrega aspectos positivos ao petebista.
No
palanque de Paulo Câmara muito tem se falado no nome da deputada federal
Luciana Santos para o posto, mas é importante frisar que, diferentemente de
Fred Ferreira que representa um projeto ascendente, ela vem numa clara decadência
eleitoral. Nas eleições de 2014 elegeu-se na última vaga da Frente Popular, e
em 2016 amargou um vexatório quarto lugar para a prefeitura de Olinda. Além do
mais, a sua entrada na majoritária além de não agregar valor ao governador,
poderia afastar aliados, como por exemplo o Professor Lupércio.
Se
as eleições fossem hoje, muitos consideram que Luciana tentando um mandato de
federal não terá a menor chance de ser reeleita. Alguns já a chamam de
ex-deputada em atividade, e se for escolhida para a vice, irá gerar
insatisfações na base do governador, pois existem nomes muito mais
representativos eleitoralmente do que ela.
Vale salientar que se porventura
Marília Arraes for candidata, um eleitor mais alinhado com as ideias dela não
deixará de votar na sua candidatura para votar em Paulo Câmara por causa de
Luciana.
Se em 2012 foi importante para Geraldo Julio ter um vice do PCdoB para
facilitar o discurso, em 2018 o que pesará mais para o governador é a questão
de votos. Paulo precisa muito mais de quem possa distribuir votos com aliados
caso seja vice do que ter alguém inexpressivo como Luciana que não tem votos
sequer para se eleger federal.
Caberá
ao governador Paulo Câmara fazer uma avaliação de atrair alguém que pelo menos
seja neutro, e existem nomes muito mais perfilados para a posição do que
Luciana, como José Queiroz, Sebastião Oliveira, Maurício Rands e João Paulo, por
exemplo. Se optar por Luciana, Paulo Câmara estará cometendo um erro
estratégico que poderá atrapalhar a unidade da sua ampla frente política.
FONTE: Edmar Lyra
0 comentários:
Postar um comentário