Em defesa da lisura
na administração pública, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou
ao prefeito de São José do Belmonte, Francisco Romonilson Mariano de Moura, que
se abstenha de realizar contratações temporárias relatadas no edital da seleção
simplificada, publicado em fevereiro deste ano, nos casos de preenchimento e
exercício de funções públicas passíveis de serem exercidas pelos servidores de
cargos efetivos.
É também necessário que, no prazo de dez dias, sejam rescindidos
os contratos temporários, ocasionalmente celebrados, para auxiliar de limpeza, auxiliar de merenda, motorista e educador infantil.
Segundo a promotora
de Justiça, Gabriela Tavares Almeida ainda está em vigor o concurso público
municipal realizado em 2016. Parte das vagas ofertadas no recente edital de
Seleção Simplificada poderiam ser ocupadas pelos aprovados no certame,
principalmente para os cargos de auxiliar de serviços gerais da Educação,
merendeira, professor I e motorista.
Antes da
recomendação, a Promotoria de Justiça de São José do Belmonte expediu ofícios à
Prefeitura com o intuito de obter esclarecimentos acerca das razões pelas quais
realizou Seleção Simplificada, tendo em vista haver concurso público em
tramitação com aprovados dentro do número de vagas. Não houve manifestação por
parte do Poder Público municipal, demonstrando inércia contundente.
“A contratação
temporária não pode ser efetivada para o preenchimento de cargo vago efetivo,
mas apenas para atender à necessidade temporária e de excepcional interesse
público, nos termos do art. 37, inciso IX, da Constituição Federal, o que,
comprovadamente, não é o caso”, lembrou a promotora de Justiça.
Gabriela Tavares Almeida frisou que o não acatamento da
recomendação acarretará a adoção de medidas judiciais e administrativas visando
a responsabilização dos gestores públicos pela prática de ato de improbidade
administrativa.
0 comentários:
Postar um comentário