Maioria dos presidentes estaduais do PSB defende aliança com Ciro

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A maioria dos presidentes estaduais do PSB se manifestou, em reunião na segunda-feira com o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, a favor de uma aliança com o pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes. Dos 26 Estados e o Distrito Federal presentes, entre 14 e 16 apoiaram o pedetista. Os outros se dividiram entre o PT e Geraldo Alckmin (PSDB).
Embora seja um indicativo do caminho que o partido deve seguir, não houve votação formal e a decisão, de fato, só deve ocorrer após reuniões da Executiva e do diretório nacional do PSB ao longo de julho. Siqueira fez, junto com os presidentes estaduais, um mapeamento das alianças e preferências regionais e a maioria achou melhor caminhar com o PDT.
As exceções seriam Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Piauí, que preferem a aliança com o PSDB, e alguns Estados do Nordeste, como Pernambuco, e Amapá, que defendem aliança com o PT. Álvaro Dias (Podemos) chegou a ser cogitado por dirigentes do Sul, mas sem apoio explícito, e Marina Silva (Rede), que concorreu pelo PSB em 2014, foi descartada por seu partido ter rompido com três governadores da sigla recentemente.
Segundo o presidente do PSB no Rio Grande do Sul, deputado José Stédile, ficou entendido que as opiniões eram pessoais, dos presidentes locais, e não contavam como uma manifestação formal dos diretórios, mas a maioria defendeu coligar com o PDT. “Não teve nenhum Estado contra o Ciro. Mesmo aqueles que preferem o Alckmin ou o PT disseram que não vão brigar se o partido se aliar a ele”, disse Stédile.
Por outro lado, alguns dos dirigentes nordestinos e do Amapá acham que a aliança com o PT será mais benéfica para os candidatos do partido aos governos estaduais. Os petistas dizem que só tiram a candidatura da vereadora Marília Arraes (PT) contra o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), se o PSB apoiar nacionalmente o PT.
Segundo o senador João Capiberibe, presidente do PSB no Amapá, porém, a manifestação a favor do apoio a Ciro foi feita à luz das consequências que a escolha de um candidato ou outro teria nas alianças regionais. “[O apoio majoritário dos diretórios a Ciro] não é decisivo, mas indica uma tendência”, afirmou Capiberibe. Ele se diz favorável a uma aliança com o PT, mas está “aberto a qualquer possibilidade”, apesar de ser adversário político do governador pedetista Waldez Góes.
Já a senadora Lídice da Mata, presidente do diretório do PSB na Bahia, admite apoiar Ciro, desde que não se concretize a aliança do cearence com partidos do chamado “Centrão”, como o DEM. Lídice também preferiria uma aliança com o PT, e descarta apenas uma coligação com o PSDB.
“Com o PSDB não tem nenhuma possibilidade, e a decisão do congresso do partido já vai na contramão disso”, afirmou a senadora. “Ficou claro que, caso não houvesse candidatura própria, apoiaríamos uma candidatura de outro partido que tivesse posicionamento claro contra a privatização da Petrobras, da Eletrobras, da Chesf, dos bancos públicos. Alckmin já se pronunciou apoiando no mínimo privatização da Petrobras.”
Candidaturas
O PSB decidiu lançar candidatos aos governos de dez Estados: São Paulo, Pernambuco, Paraíba, Espírito Santo, Distrito Federal, Rondônia, Amapá, Tocantins, Sergipe, Minas Gerais e Rio Grande do Norte, além do Distrito Federal. Havia negociações em outros nove, mas o partido decidiu que só apostaria nos mais competitivos para não “desperdiçar” fatia do fundo eleitoral.
FONTE: OURICURI EM FOCO

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