Diante de questionamentos de senadores sobre a
possibilidade de aumentar o valor do auxílio emergencial para R$ 600,
patamar que chegou a ser pago no ano passado, o ministro
da Economia, Paulo Guedes, disse que não
descarta um benefício mais alto, mas que isso dependeria de contrapartidas como
a venda de empresas públicas que dão prejuízo.
"O estado está financeiramente quebrado, mas cheio de ativos.
Vimos que é possível aumentar o valor, mas tem que ser em bases sustentáveis.
Se aumentar o valor sem por outro lado ter as fontes de recursos corretas, traz
a superinflação ou a inflação de dois dígitos como era antigamente. O resultado
final é desemprego em massa e o imposto mais cruel sobre os mais pobres que é a
inflação", disse o ministro.
A fala de Guedes veio em reposta a questionamentos de
Wellington Fagundes (PL-MT), Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Zenaide Maia
(Pros-RN). Styvenson registrou que governadores de 16 estados divulgaram carta
para pressionar o Congresso a aumentar o valor do auxílio emergencial para R$
600.
Os atuais valores giram em torno de R$ 150 a R$ 375. Segundo
o grupo, o momento atual da pandemia exige segurança de renda à população
associada às medidas de distanciamento social.
No início da reunião, Paulo Guedes afirmou que o benefício garantiu a proteção dos 68 milhões de brasileiros mais frágeis. Ele manifestou apoio às medidas de distanciamento social e afirmou que sempre usou máscara. Também defendeu a vacinação como caminho para a retomada da economia.
A posição de Guedes foi manifestada após Wellington perguntar sobre sua avaliação a respeito de uma carta de mais de 500 economistas, empresários e banqueiros em defesa de medidas de isolamento e vacinação:
"Estamos todos de acordo em acelerar as vacinas. Sobre distanciamento social: estou há um ano sem ir ao Rio de Janeiro, que é a minha casa. Entendo que os invisíveis se não trabalharem não conseguem o pão de cada dia, daí a necessidade do auxílio emergencial", afirmou.
FONTE: Expresso do sertao
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