"Não temos mais em Serra Talhada o que a gente tinha no começo do ano passado, estamos a ver navios, num barco à deriva”, crava estatístico e professor da UFRPE

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O doutor em estatística e professor da UFRPE (Campus Uast-Serra Talhada), Leandro Lucena, lamentou o fato da prefeita do município de Serra Talhada, Márcia Conrado, ter assinado um decreto autorizando a reabertura de uma série de atividades econômicas, enquanto a Covid-19 vem apresentando tendência de alta, especialmente, de mortes na cidade [veja o decreto].


Em conversa com o Programa Falando Francamente, na TV FAROL no YouTube, na sexta-feira (2), o estatístico disse que não era a hora da prefeita e nem do governador Paulo Câmara flexibilizarem normas de distanciamento.


Os casos [de contágio] não baixam e o número de óbitos não diminui. No meu ponto de vista, você só iria flexibilizar as medidas a partir do momento que o número de casos, que a média móvel de casos desse uma tendência de queda, mas enquanto tem variação positiva, no meu ponto de vista, eu não iria flexibilizar nada. Do que adianta estar tudo aberto, com pessoas morrendo? E não ter pessoas para comprar as mercadorias [do comércio], então o que é mais importante? Salvar vidas ou ganhar dinheiro?”, questionou Leandro Lucena, apontando:


Acho que o comitê de crise [da Prefeitura] deveria rever seus conceitos. Se eu estivesse participando deste comitê, eu iria sugerir [neste período de semana santa] uma equipe em cada estabelecimento de venda de ovo de páscoa, Americanas, Assaí, grupo Pajeú, Cacau Show, Brasil Cacau… Todo o pessoal desse ramo e não só de ovo de páscoa, mas que vende também pescado… Eu teria uma equipe sanitária em cada estabelecimento desse… Está tudo aberto. A realidade é que não temos mais no município o que a gente tinha no começo do ano passado [em termos de fiscalização]. Estamos a ver navios, num barco à deriva”.


FONTE: Farol de notícias

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