Serra Talhada-PE: Maioria dos Vereadores do município envergonha o Poder Legislativo

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A mensagem emitida pela aprovação na câmara de vereadores de Serra Talhada da criação de mais uma secretaria na prefeitura vai além dos custos ordinários que ela gerará, também é muito mais do que o arrumadinho para acomodar aliado, o que não é nada inédito nessa gestão. A aprovação dessa secretaria expõe em dimensão colossal a subserviência do Poder Legislativo, que se encontra nitidamente na mão do Poder Executivo e capacho de suas vontades, até das insanas.

Quando acusamos os vereadores de fazerem corpo mole, ao apontarmos irregularidades nesta gestão que poderiam ser fiscalizadas pelos edis, mas não são, podemos parecer exigentes, duros ou até opositores, mas não é isso. Está claro o comportamento dos vereadores, que deixam de fazer os trabalhos de ofício, como apresentar e provar leis que melhorem a vida da população, de fiscalizar e evitar que a corrupção ocorra na administração publica, mas que são apressados e fazem hora extra para aprovar projeto de urgência que criar mais empregos na prefeitura, talvez alguns deles que serão ocupadas por indicados dos próprios vereadores. Esta mesma câmara engavetou o projeto que visa acabar com um dos dois recessos anuais naquela casa, assim como deram o mesmo destino ao seu ofício de fiscalizar outras questões, como a situação dos resíduos sólidos.

Usando uma frase do presidiário Lula dita contra o STF quando ainda solto sentia-se pressionado e a cadeia já se avizinhava, a nossa Câmara de Vereadores é acovardada. Além da ignorância notória que se percebe, da falta de instrução, da ausência do habilito salutar da leitura, logo do conhecimento, está evidente que essa legislatura não se posiciona como sendo este poder. A Câmara de Vereadores se tornou um grande balcão de negócios, por enquanto pelo menos isso ainda não é unanimidade naquela casa, umas poucas almas ainda se posicionam contrárias a falta de respeito que a gestão tem pelo povo, mas a maioria já assina embaixo.

Ontem falamos das obras do Anel Viário, irregulares segundo a Controladoria Geral da União, falamos também da denúncia arrefecida quando se falou em superfaturamento nos medicamentos. Mais ainda podemos expor outras situações que mereciam uma câmara atuante: Upa-24 horas, Samu, fardamento escolar, contratações de veículos, zona azul, possíveis irregularidades nos processos de seleção simplificadas e muito mais. Isso prova que a Câmara de vereadores se omite, pois, acostumou-se mal a ter uma sociedade que não cobrava.

Não vamos perder o respeito pelos nossos vereadores, pois são autoridades constituídas pelo voto popular direto, mas alertamos que se comportem como se deve. Pois o fato de ocuparem um cargo eletivo e de serem autoridades deste poder, isso não dará imunidade, não vai impedir que enxerguemos a câmara não apenas omissa, mas conivente e sócia da má gestão e do prejuízo que é causado na administração pública.

As contas de 2013 e 2014 rejeitadas pelo TCE atingem legalmente o Poder Executivo, o prefeito Luciano Duque, mas moralmente acertam a Câmara de Vereadores, pois se houve excesso e exagero da prefeitura é porque os vereadores não fizeram o seu papel adequadamente. O toma lá dá cá que, que antes era feito nos bastidores, em reuniões nas madrugadas e contava ou ainda conta com conivência de setores da imprensa, hoje não é segredo, nem os senhores disfarçam, e se depender da gente vamos expô-lo publicamente para que vossas senhorias sejam reconhecidas pela sociedade, segundo as suas obras.

SAIBA COMO VOTOU O SEU VEREADOR

A FAVOR DO PROJETO

O projeto que cria esse "cabide para pendurar mais um aliado" contou os votos dos vereadores da base governista, Manoel Enfermeiro, Nailson Gomes, Zé Raimundo Filho, Sinézio Rodrigues, Alice Conrado, Paulo Melo, Antônio Rodrigues, Agenor de Melo Lima, Ronaldo de Deja, André Maio, e de dois oposicionistas” Vera Gama e Dedinha Inácio, que destoaram da bancada de oposição.

CONTRA O PROJETO

Antônio de Antenor, Rosimério de Cuca, Pinheiro do São Miguel e Jaime Inácio foram coerentes e votaram contra a aprovação da secretaria.



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