"Enfim, o prefeito de Belmonte deixou de querer ibope e acatou decisão do governador, mas precisa ser humano e ajudar a população e os comerciantes com incentivos fiscais", reclama empresário

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Do Blog do Samarone


Em São José do Belmonte, Sertão Central do Estado de Pernambuco, os pequenos e médios empreendedores, e a população em geral, está vivendo momentos angustiantes, devido as últimas atitudes do gestor municipal em relação às medidas sanitárias de combate ao novo coronavírus, demonstrando que não entende nada de saúde pública e não está sabendo lidar com a situação. No município já tem 1.410 casos confirmados e 30 óbitos causados pela doença.


Em conversa com a redação do Blog do Samarone, um pequeno empresário belmontense lamentou as palavras e atitudes do prefeito em querer contrariar o decreto do governador, mantendo os comércios abertos, e relatou o motivo disso tudo. "O prefeito fez isso por politicagem, com o intuito de ganhar ibope e achando que a população iria apoiá-lo. Como prefeito mercantilista, estava tentando continuar com a medida de deixar os comércios abertos exatamente para não deixar de faturar com os impostos que os mesmos dão à prefeitura, e ele determinando o fechamento, como fez agora, não tinha, nem tem, posso dizer assim, qualquer interesse em oferecer medidas para amortecer os desafios trazidos por essa nova realidade, abrindo mão de impostos dos comércios ou, no mínimo, adiando tais tributos", destacou.


Citando exemplos de prefeitos que pensam na economia da cidade e, ao mesmo tempo, na saúde da população, ele perguntou: "Por que o prefeito não faz igual aos prefeitos de Recife, Petrolina, Belo Jardim, Garanhuns e de tantos outros municípios que estão ajudando a população, o setor produtivo, os pequenos e médios empresários, oferecendo incentivos fiscais, já que o fardo para eles está bastante pesado, desde o início da pandemia?", indagou.


De fato, os prefeitos dos municípios citados pelo empresário e de inúmeras outras cidades pernambucanas, têm buscado alternativas para ajudar os micro e pequenos empresários, devido aos impactos econômicos causados pela pandemia, decretando medidas fiscais para a cadeia produtiva e a população em geral. Dentre as ações tomadas por prefeitos, em apoio à população, destacamos a distribuição de cestas básicas, pagamento de auxílio emergencial municipal, adiamento e desconto da taxa do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), isenção das famílias de baixa renda, por alguns meses, da Contribuição de Iluminação Pública (CIP)Dentre as ações que ajudam diretamente a classe empresarial, destacamos a prorrogação do pagamento de impostos municipais, referentes ao exercício de 2021; prorrogação dos prazos de pagamentos do Imposto Sobre Serviços (ISS); descontos especiais para pagamento de IPTU, além de estender o prazo; adiamento do vencimento da taxa de alvará de estabelecimentos; concessão de 100% de desconto nas multas e juros para os inadimplentes com os impostos municipais, referentes ao ano em curso e a anos anteriores.


"Essas são tomadas de decisões de prefeitos que pensam na população em geral, que pensam em apoiar e fomentar a economia, e principalmente em salvar vidas. E o prefeito de Belmonte, o que vai fazer para ajudar a população e os comerciantes?", indagou mais uma vez o empresário.


Entenda o caso


No último dia 12, indo na contramão de todos os municípios do Estado e contrariando o decreto do governador, que determinou o fechamento dos comércios em todo o território estadual, o prefeito de Belmonte, em desrespeito à população, anunciou, em um comentário na Live que o presidente Jair Bolsonaro fez no Facebook, que no município administrado por ele não fecharia nada, decretando, assim, a abertura dos comércios no sábado seguinte, dia 13 de março.


Não bastasse isso, na quinta-feira, dia 18 de março, em entrevista concedida ao programa Frequência Democrática, na rádio Vilabela, em Serra Talhada, o gestor disse que “não é porque o presidente da República ou o governador determina que o povo tome veneno, que o povo é obrigado a cumprir”, e disse também que "no mesmo dia (18) se reuniria com os comerciantes da cidade para ver o que seria decidido".


Já ontem, sexta-feira (19), parece que o gestor, antes de se reunir com os comerciantes, na quinta-feira (18), levou um puxão de orelhas de alguém, pois, enfim, decidiu acatar a determinação do governador e definiu que, até o dia 28 de março, somente poderão funcionar os comércios essenciais, a feira livre apenas com bancas locais e de gêneros alimentícios e o mercado público apenas para o funcionamento do açougue e dos quiosques de comidas por meio de delivery, hoje, dia 20.


FONTE: Blog do Samarone


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