O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, nessa segunda-feira (8), que os brasileiros não querem que o ex-presidente Lula (PT) dispute o Palácio do Planalto em 2022. Na porta do Palácio da Alvorada, ele ainda acusou o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), de ser ligado ao PT.
“Foi uma administração catastrófica do PT no governo. Eu acredito que o povo brasileiro não queira sequer ter um candidato como esse em 2022, muito menos pensar numa possível eleição dele”, afirmou o presidente.
Bolsonaro se disse surpreso com a decisão uma vez que, na avaliação dele, pode até se ter suposições sobre o caso envolvendo o sítio de Atibaia e o triplex no Guarujá, mas a gestão de Lula foi marcada por desvios na Petrobras e que as “bandalheiras” que o governo do PT fez “estão claras perante toda a sociedade”.
“Não há a menor dúvida, pelo mal que causou ao país como um todo. A própria Petrobras, as refinarias que não foram construídas e as compras desastrosas, o prejuízo ficou na ordem de R$ 220 bilhões”, disparou.
O presidente também falou que Fachin decidiu anular as condenações do petista por possuir "uma forte ligação” com o partido.
“Qualquer decisão dos 11 ministros (do STF) é possível prever o que eles pensam e botam no papel. Fachin tinha uma forte ligação com o PT, então não nos estranha uma decisão nesse sentido. Obviamente vai ter que passar pela turma ou pelo plenário para que tenha a devida eficácia”, declarou.
Ele ainda declarou que espera que essa decisão monocrática seja reparada pelo plenário da Corte. Isso só pode ocorrer após a Procuradoria Geral da República (PGR) apresentar recurso contra o veredito. O órgão já vem trabalhando na ação para impetrar no Tribunal.
“Não pode em hipótese alguma um homem só ser o destino de um julgamento como esse. Não sou jurista, mas acho que nem é questão de turma, é questão de plenário decidir isso aí”, afirmou Bolsonaro.
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