Segundo Amancio, a volta às aulas presenciais nas escolas públicas de Pernambuco “não deve ultrapassar outubro, tendo em vista os prejuízos para os estudantes”. “Nas periferias, a maior parte dos jovens não está mais em casa. Será que não estariam mais protegidos na escola?”, questionou.
O secretário pernambucano cobrou ainda uma coordenação nacional no planejamento da retomada. “Em outros países, sabemos que o governo nacional afeta a visão (geral) do país. As mudanças constantes do Ministério da Educação não ajudam. Depois de tanto tempo sem coordenação nacional, ficou difícil resgatar esse processo”.
Retomada gradativa e prioridade para o 3º ano do Ensino Médio
Durante debate na Rádio Jornal, no dia 20 de agosto, Fred Amancio disse que a retomada das aulas presenciais deve ser gradativa e que a prioridade será dos jovens que cursam o terceiro ano do Ensino Médio.
“Terceiro ano do Ensino Médio é quem tem que voltar primeiro. Primeiro porque eles são os mais velhos, então têm mais condições de cumprir protocolos. Segundo, eles não têm o próximo ano. É o último ano deles. Em janeiro têm Enem, SSA, e são esses os que estão mais ansiosos, com mais problemas de depressão”, relatou o secretário. Durante o debate, o secretário também ponderou que existem riscos sociais que devem ser avaliados e que podem ocorrer caso as atividades nas escolas não retornem ainda este ano, como a evasão escolar.
“A discussão é que existem riscos, sim, da retomada e existem riscos também de você não retomar. A gente já tem uma parcela de crianças e jovens que estão sendo infectadas. Temos uma população muito vulnerável, que não necessariamente o ambiente mais seguro é em casa”, completou.
Segundo Amâncio, algumas séries poderiam ter o retorno facultativo, com a continuidade das atividades de forma remota, e que o processo deve ser voluntário, podendo as escolas, públicas ou privadas, mostrarem se têm ou não condições de retornar.
FONTE: Farol de notícias
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