Professores e alunos do Colégio Municipal Dr. Arcôncio Pereira, localizado no centro do município de São José do Belmonte, fizeram uma paralisação nas aulas nos períodos da manhã e tarde dessa quarta-feira (27), o motivo foi um protesto contra o descaso que está tendo por parte da prefeitura municipal e da secretaria de educação ao estabelecimento de ensino, consequentemente, a falta de respeito para com alunos, professores e demais funcionários.
Estamos falando do Colégio que em março deste ano teve a queda do telhado do refeitório, obra que, à época do incidente, tinha apenas 1 ano e 3 meses de construída [Relembre aqui].
Confira a nota:
A aprendizagem é algo que buscamos a cada dia, mas para que ela aconteça precisamos de um ambiente favorável.
Desde 2017, a rede municipal de ensino foi agraciada com a chegada de ar-condicionado em salas de aula... o objetivo era que tivéssemos um ambiente propício para a aprendizagem. No entanto, essas instalações foram feitas sem nenhum planejamento e, infelizmente, no Colégio Municipal Dr. Arcôncio Pereira, esse "grande feito" durou, no máximo, uma semana, pois a rede elétrica não suportou a quantidade de energia utilizada por esses aparelhos.
A situação nas salas de aulas ficou insuportável, já que foram forradas com gesso, por causa do calor. Observa-se grande descaso por parte das autoridades competentes em relacão a essa e outras situações existentes na escola. Estudantes e professores são obrigados a suportar salas com altas temperaturas, onde essa situação traz riscos à saúde e consequências desastrosas. O estudante sente dificuldade em focar na aula, torna-se mais agitado e consequentemente diminui seu rendimento escolar.
Reivindicações foram feitas, porém, o que tivemos como resposta foi o argumento de que havia sido solicitado os serviços à Celpe, mas que a mesma não atendeu a solicitação. Com base nisso, alguns "paleativos" foram feitos, como a compra de ventiladores, que de nada adiantou. Como temos dois em cada sala, à medida que liga um o outro queima e em algumas salas eles funcionam sem o manuseio humano, por conta ''dos arrumadinhos na tal rede eletrica'', ora ligam, ora desligam sozinhos, ou seja, não atendem a nossa necessidade.
Nossa situação é tão precária que:
•Quando se liga dois projetores de imagem e mais alguns computadores há queda de energia em parte da escola;
•Temos ainda alguns bebedouros quebrados, apenas dois funcionam para atender cerca de 500 (quinhentos) estudantes por turno;
•Banheiros que precisam urgentemente de reforma;
•Estrutura da caixa d'água bastante danificada e comprometida;
•Sala dos professores com parte do teto desmoronando;
•Infiltrações na sala de projeção;
•Paredes internas deterioradas;
•Revestimento das paredes externas caindo;
•Biblioteca que tem a função de depósito de livros;
•Sala de aula unicamente com a porta de entrada, sem circulação de ar, fedendo a mofo, o que provoca problemas respiratórios em quem está lá diariamente. Isso, sem contar que, na falta de energia, fica impossível trabalhar lá já que não tem luminosidade.
•Sala de aula sem tomada de energia, sendo necessário puxar extensão para a biblioteca quando se precisa utilizar recursos eletro-eletrônicos.
Destaque-se, diante de ''serviços tão bem planejados'', que quando a equipe de professores foi informada dessa reforma no Colégio, solicitou o projeto de reforma (acharam que podiam opinar, visto que a obra seria em ''sua segunda casa), mas receberam como resposta a piada de que professor não entende de construção civil.
Dentre outros problemas, a escola sofre total abandono. Pedimos urgentemente que essa situação seja contornada e nossas salas de aula estejam adequadas para que estudantes e professores tenham um ensino de qualidade. Não podemos iniciar o próximo ano letivo assim, nem tão pouco, esperar que uma nova escola seja construida.
É preciso cuidar dos profissionais da educação e dos alunos que serão os frutos do amanhã. Lembrando que, se com todos esses problemas, a educação de Belmonte está bem, tem atingido os melhores índices de desempenho no Estado, imagine se houvesse, realmente, o investimento que atende às nossas reais necessidades!
Veja abaixo o anexo que foi enviado em março e apenas duas reivindicações foram sanadas
Confira imagens com frases direcionadas à gestão:
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