Aliados de Paulo Câmara continuam insatisfeitos com a sua forma de governar

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Iniciando o terceiro mês do seu segundo governo, Paulo Câmara ainda não conseguiu ternurar os aliados que tiveram seu espaço diminuído na gestão socialista do estado. Muitos deles acataram a decisão do governador, mas não ficaram nem um pouco satisfeitos com a postura adotada pelo chefe do executivo estadual.

A lista passa por deputados federais, deputados estaduais, prefeitos e presidentes de partido. Todos eles têm alguma queixa a fazer sobre o governo do PSB, que por representar um projeto de doze anos caminhando para dezesseis, adotou uma postura de não estar nem aí para o que pensam os aliados que tiveram papel fundamental na apertada vitória de 2018.

Está se construindo uma tese no meio político de que é preciso dar um basta na hegemonia do PSB em Pernambuco e que aguentar calado tudo o que o governo faz é um sinal de fraqueza para quem recebeu votos e detém mandato eletivo. E estes atores políticos vislumbram 2020 como uma oportunidade ímpar para diminuir o poderio do PSB em Pernambuco.

Não se sabe se o troco dos partidos será na eleição do Recife, uma vez que o PSB priorizou apenas PT, PCdoB e PDT como estratégia de aliança, deixando outros partidos igualmente importantes ou até mesmo mais representativos em papel secundário, mas a grande chance deles, de acordo com um parlamentar em reserva, é que o PSB perca a prefeitura do Recife para realinhar as órbitas da política no estado, e os partidos, sem o espaço devido, só têm o caminho de lançar candidaturas próprias na capital para materializar o recado.



Cordão – Ainda de acordo com este mesmo parlamentar, quem pode puxar o cordão de rompimentos com o PSB é o senador Jarbas Vasconcelos. Se Jarbas tomar a decisão de romper, abrirá o caminho para outros partidos e lideranças políticas trilharem o distanciamento do PSB em 2020.

Remake – Em 2003, tão logo foi reeleito priorizando a aliança com Marco Maciel e Sergio Guerra, Jarbas Vasconcelos perdeu aliados que formaram o Grupo Independente. Naquela ocasião, romperam com o então governador, os deputados federais José Mucio Monteiro, Armando Monteiro Neto, Luiz Pihauilino, Roberto Magalhães e Joaquim Francisco, que foi lançado em 2004 para prefeito do Recife.

Consequência –  Apesar de não vencer a eleição de 2004, este grupo se aproximou do governo federal, e possibilitou a fragilidade do então governador Jarbas Vasconcelos para a sua sucessão, uma vez que a maioria destes nomes não voltou para a base de Jarbas e permitiu que tivéssemos três candidaturas a governador em 2006 com a vitória de Eduardo Campos e findou a hegemonia da União por Pernambuco.

FONTE: Edmar Lyra


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