'Caixa 2 é pior que corrupção', afirmou Moro em 2017. E hoje, faz vista grossa para Bolsonaro

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Campanha de Bolsonaro é investigada por caixa 2: empresários teriam, por via de métodos ilegais, injetado cerca de R$12 milhões para impulsionar a candidatura de Bolsonaro. Em 2017, o juiz Sergio Moro afirmou que: "caixa 2 é trapaça, é um crime contra a democracia". A máscara da Lava Jato como "combate à corrupção" posta a prova mais uma vez, deixando claro as manipulações sujas nessas eleições e o golpismo do Judiciário
Em palestra na Universidade de Harvard realizada pelo juiz Sérgio Moro, enquanto encabeçava a Lava Jato no Brasil, ele afirmou que "corrupção em financiamento de campanha é pior que desvio de recursos para o enriquecimento ilícito". Traduzindo em outras palavras, para o golpista Moro é muito pior fraude de caixa 2 para se eleger do que a corrupção.
"Temos que falar a verdade, a Caixa 2 nas eleições é trapaça, é um crime contra a democracia" afirmou Moro. A palestra, realizada em meados de 2017, que você pode ver aqui, quando a Lava Jato avançava a plenos pulmões para prender Lula, o que se concretizou esse ano.
A prisão arbitrária de Lula e todos os mecanismos que o Judiciário golpista se utilizou para manipular as eleições culminaram em um favoritismo de Jair Bolsonaro, que hoje lidera as pesquisas, com um programa ao gosto da burguesia: privatizações, reformas e uso ainda mais intenso de aparatos repressivos do Estado.
A Folha de São Paulo publicou uma denúncia de que Bolsonaro estaria se utilizando de financiamentos de campanha que, além de não ter declarado o uso deste dinheiro ao TSE, é um procedimento ilegal. Empresas utilizaram compra de dados de pessoas e fizeram uma verdadeira guerra de "fake news" via Whataspp para poder impulsionar candidatura do reacionário Bolsonaro.
Na prática, Bolsonaro haveria cometido, o que então Moro considera muito pior do que qualquer outra corrupção, o caixa 2 em sua campanha. Tentando ostentar uma imagem de "diferente de tudo que está aí", um homem honesto e independente, a máscara de Bolsonaro cai a cada dia. 

Enrolado até o pescoço com diversos setores do mercado e preenchendo seu governo com figuras asquerosas das Forças Armadas, Bolsonaro não tem nada de novo. Agora, em meio a tal escândalo, resta saber se Moro ainda permanece com a mesma opinião e se irá de fato averiguar o suposto crime cometido por Bolsonaro.
É evidente que, junto com a máscara de Bolsonaro, cai novamente a máscara do Judiciário e da Lava Jato, que não estão à serviço do combate à corrupção, e sim de aprofundar o golpe e manipular as eleições, para praticamente escolher a dedo o candidato que melhor favoreça os interesses dos patrões.
Para combater Bolsonaro, a extrema-direita, o golpismo, inclusive do Judiciário, e todas as reformas é preciso construir comitês de base, capazes de colocar a força da luta dos trabalhadores, juventude, mulheres, negros e LGBTs nas ruas, combatendo os ataques e fazendo com que os capitalistas paguem pela crise.

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