As eleições 2018 e o embate Duque e Sebastião em Serra Talhada

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A campanha eleitoral começou aparentemente fria, pelo menos nas ruas, o que não impede que se diga que ela será extremamente ‘tensa’ e ‘quente’, isso porque essa eleição – como processo – começou logo após o fim do segundo turno de 2014.

Ao longo desse período uma intensa disputa se estabeleceu pelas redes sociais e nas ruas da cidade. Em muitos momentos os discursos raivosos e de ódio tomaram conta, dividindo o país em dois polos políticos bastante distintos.

Muitos dos personagens ocuparam papéis de destaque ao longo dessa disputa chegam a essa campanha como coadjuvantes, figurantes e sombras, a exemplo de Aécio Neves, Michel Temer e Eduardo Cunha. O mesmo não se pode dizer Dilma Rousseff, que poderá ser eleita senadora pelo estado de Minas Gerais.

Em meio a uma estranha junção de ideias conservadoras, ativismo judicial e de direcionamento informativo praticado pelos grandes meios de comunicação, órgãos até então distantes da sociedade, passaram a ter uma visibilidade quase futebolística.



Bem como juízes e promotores que passaram a ser idolatrados como celebridades hollywoodianas. A Lava Jato, mais bem sucedida operação de combate a corrupção, varreu tudo que viu pela frente, principalmente os petistas. Enquanto isso, os tucanos foram poupados sob alegação de que “falta tempo” para investigá-los.

É sob essa ótica cheia de controversa que a campanha começa, silenciosa, sem o barulho das panelas Tramontina e o brilho das camisas canarinhas da seleção de futebol. O que incomoda é o silencioso som das velhas botinas, que ao lado de pijamas desbotados e que cheiram a naftalina, teimam em sair de uma lata de lixo os quais foram jogados em 1985.

Nesses primeiros dias de campanha, o principal personagem tem sido um velho conhecido, e que mesmo preso, comanda a distância toda a movimentação política. Você pode até não gostar de Lula, você pode até odiá-lo, mas é inegável que ele possui uma grande capacidade de centralizar sobre si o foco das atenções, e de transformar a adversidade em um elemento positivo.

Uma prova disso é que ele (Lula) é único candidato que cresce nas pesquisas, algo que impressiona, visto que até no estado de São Paulo, tradicional reduto tucano, ele lidera as pesquisas.

Bem como no Rio Grande Sul e em outros estados do sul e sudeste. O que acaba por sepultar a falácia de que o voto lulista resumisse aos ‘menos esclarecidos’ nordestinos. Uma coisa é certa, o resultado final da eleição presidencial passará por Curitiba.



A disputa em Serra Talhada

No tocante a Serra Talhada, a situação é bem distinta em relação a 2014, já que naquele ano o prefeito Luciano Duque (PT) conseguiu colocar praticamente todos os seus candidatos na condição de majoritário na cidade. A única exceção foi o falecido Deputado Federal Pedro Eugênio (PT), que perdeu para o deputado Sebastião Oliveira.

Desta vez, para algumas pessoas, Duque poderá ver apenas o deputado Augusto César como majoritário, isso porque a ação do PT de retirar a candidatura de Marília Arraes e o apoio da bancada de vereadores governistas a diversos candidatos, fará com que ocorra uma pulverização dos votos duquistas.

Mesmo com o prestigio em alta, Luciano poderá assistir o seu principal adversário político, Sebastião Oliveira, eleger-se com uma votação na casa dos 20 mil votos e ainda colocar como majoritários em Serra Talhada, o governador Paulo Câmara (PSB) e os candidatos ao Senado, Humberto Costa(PT), Valdemar Oliveira (PR) e Jarbas Vasconcelos (MDB).



Porém, também há quem diga que Sebastião Oliveira ainda irá colocar Rogério Leão para ser majoritário este ano em Serra talhada, haja vista que nas eleições do ano de 2014, Rogério foi o segundo mais bem votado na capital do xaxado, conseguindo 6.137 votos (14,83%), ficando abaixo apenas do saudoso Manoel Santos (PT) que conseguiu 8.886 votos (21,48%), e o parlamentar tem trabalhado muito durante seu mandato, não somente em Serra Talhada, mas em vários municípios do estado.

O Leão, como é popularmente conhecido, mesmo sendo filho do município de São José do Belmonte, mas considera Serra Talhada como sua segunda terra, onde tem vários familiares e amigos. 

Já o deputado Augusto César, filho da terra, o qual está sendo apoiado este ano pelo prefeito Luciano Duque, foi deixado para trás pelo Leão, ficou em terceiro lugar, conseguindo 5.954 votos (14,39).

Mas como em política o resultado só se sabe quando as urnas são abertas, então vamos aguardar para ver que se sai melhor desse embate eleitoral.


Texto modificado pela redação do Blog Belmonte Verdade

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