COMEÇA A TRANSPOSIÇÃO DOS VOTOS PARA HADDAD

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O diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, e o diretor de pesquisas Alessandro Janoni assinam um artigo em que resumem a última pesquisa publicada pelo instituto; a primeira percepção é a de que o 'episódio de Juiz de Fora' não alterou o quadro eleitoral em absolutamente nada; a segunda é que Haddad vai tomando o lugar de Lula no imaginário e que sua performance tende a recebe as atenções do eleitor que deixará a mais caudalosa candidatura até aqui; em suma, começou uma inédita transposição de votos na cena eleitoral do país.

No artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, os diretores do Datafolha destacam de maneira preliminar que "são tantos os fatores com potencial de impacto sobre os resultados divulgados nesta segunda (10) pelo Datafolha, que as mudanças verificadas no quadro eleitoral podem parecer até modestas."
E realçam o fenômeno Lula-Haddad como uma tendência, a partir da pesquisa espontânea: " (...) nessa situação, menções a Lula despencaram 11 pontos, citações a Bolsonaro subiram cinco, Ciro Gomes também melhorou seu desempenho e Fernando Haddad, que deve assumir o lugar do petista, aparece pela primeira vez, com 4%."
Eles ainda sublinham que na pesquisa estimulada, o crescimento que mais chama a atenção é o de Haddad: " (...) empatado com o ex-governador já aparece Fernando Haddad, alavancado por seu principal cabo eleitoral na propaganda no rádio e na TV. A maioria dos brasileiros diz ter assistido ao horário gratuito, pouco mais de um terço diz votar em candidato apoiado por Lula e a taxa de conhecimento sobre o ex-prefeito de São Paulo cresceu seis pontos."
E concluem, mais uma vez, destacando o efeito-Haddad: "numericamente à frente do paulista, mas estatisticamente empatados, Marina Silva (Rede) sucumbe ao conhecimento crescente de Haddad e ao bom desempenho de Ciro Gomes (PDT) na TV."

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