Suspeitos de fraude milionária em aposentadorias rurais são presos pela PF em Pernambuco

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Estima-se que prejuízo aos cofres públicos chegue a quase R$ 22 milhões. Ações ocorrem no Cabo de Santo Agostinho e no Recife

Uma organização criminosa responsável por fraudes em inúmeros benefícios previdenciários e aposentadorias rurais no Cabo de Santo Agostinho é alvo de uma operação deflagrada nesta quarta-feira (9) pela Polícia Federal (PF) em parceria com a Secretaria da Previdência do Ministério da Fazenda e do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Estima-se que prejuízo aos cofres públicos chegue a quase R$ 22 milhões.

A operação, chamada de “Insistência”, cumpre dois mandados de prisão preventiva e oito de busca e apreensão, além de 18 conduções coercitivas, que é quando a pessoa é obrigada a acompanhar os policiais para prestar esclarecimentos. Ações ocorrem no Cabo e também em Brasília Teimosa, no bairro do Pina, no Recife.


As investigações começaram em 2015, quando foi descoberto que um servidor do INSS estaria cometendo uma série de graves irregularidades. A Agência de Previdência Social do Cabo de Santo Agostinho chegou a conceder 1.527 benefícios em 12 meses, enquanto uma unidade de porte semelhante concedeu apenas 139. Números destoantes chamaram a atenção das autoridades.

Um levantamento da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária do Ministério da Fazenda apontou, ainda, que o servidor investigado é o maior concessor de benefícios rurais de Pernambuco. As pessoas conduzias coercitivamente e os presos serão levados para a sede da Polícia Federal em Pernambuco.

Os integrantes da organização criminosa serão indiciados por crimes como estelionato cometido contra entidade de direito público, que prevê detenção de 1 a 5 anos de prisão, inserção de dados falsos no sistema de informações, com pena prevista de 2 a 6 anos de prisão, falsificação de documento público, com pena de 2 a seis anos de reclusão, e corrupção passiva, que prevê entre 2 e 12 anos de prisão. Juntas, as penas podem chegar a 29 anos de reclusão.


Insistência

Nome da operação foi escolhido após, mesmo com a deflagração da Operação Manager prender um vereador do Cabo de Santo Agostinho e o gerente da agência do INSS de São Lourenço da Mata, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Cabo de Santo Agostinho dar continuidade ao esquema fraudulento de concessão de benefícios.

FONTE: FOLHA DE PERNAMBUCO

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