Zezé Di Camargo causa polêmica ao falar sobre ditadura

Postado por Belmonte Verdade , 15 setembro

O cantor Zezé Di Camargo causou polêmica nas redes sociais ao falar que não existiu ditadura militar no Brasil, e sim um “militarismo vigiado”. A afirmação foi feita durante entrevista ao canal do YouTube da jornalista Leda Nagle, publicada nesta segunda-feira (11).

Na manhã desta terça-feira (12), o assunto estava entre os mais comentados do Twitter (confira a repercussão abaixo).

Durante a entrevista, questionado sobre como ele enxergava o momento do país, o cantor disse que se considera muito politizado, não se imagina na carreira política, mas afirmou que já recebeu convites. “Já conversei com alguns políticos e eles ficam impressionados com o meu conhecimento”, garantiu.

“Eu vejo o Brasil em um momento crucial. Ou a gente tem a coragem de realmente passar tudo a limpo… Eu vou falar um absurdo aqui para você, as pessoas vão me criticar, jornalistas vão falar de mim, achar que sou um maluco (…) Muita gente confunde militarismo com ditadura, todo mundo fala: ‘nós vivíamos numa ditadura’. Nós não vivíamos numa ditadura, nós vivíamos num militarismo vigiado, não numa ditadura”, disse Zezé.

“Ditadura é a Venezuela, Cuba viveu com Fidel Castro e até hoje vive (…) esses são realmente ditadores. O próprio Chile com o Pinochet. A Argentina também viveu isso. O Brasil nunca chegou a ser uma ditadura daquelas de ‘Ou você está a favor ou você está morto'”, conta.

“Nós tivemos muita gente presa, muitos confrontos, torturas”, disse Leda Nagle em seguida.

“Mas não chegou a ser tão sangrenta, tão violenta, como a gente vive até hoje, no mundo de hoje. Não dá para acreditar que existe gente que acredita que uma ditadura vai dar certo (…) Não quero isso jamais para o Brasil, mas eu imagino que o Brasil hoje precisaria passar por uma depuração. O Brasil pode até pensar no militarismo para reorganizar a coisa e entregar de novo, limpamos essa corja e está aqui o Brasil democrático de novo, como queria. Acho que o Brasil precisava passar por uma depuração dessas”.

FONTE: VEJA SÃO PAULO